O Zoológico de Catanduva iniciou mudanças nos recintos, na alimentação e na rotina dos animais, para protegê-los das temperaturas mais amenas com a chegada do inverno. As mudanças querem favorecer o conforto térmico e bem-estar aos animais até o fim da estação mais fria do ano.

Nos recintos dos animais, como os saguis, bugios, quatis, cachorros do mato, tamanduá mirim, entre outros, são colocados cobertores nas tocas ou casinhas. Nos abrigos dos tamanduás bandeira, queixadas, veados, onças, iraras, gatos do mato, gatos mourisco e lobo guará são colocados fenos para ajudar a esquentar.

Lonas plásticas são colocadas em pontos estratégicos para bloquear os ventos, principalmente nos recintos das aves e de alguns mamíferos. Outra ação simples, mas que agrada os animais, é espalhar as folhas secas recolhidas no chão do zoológico nos recintos, isso imita as condições que os animais encontrariam em vida livre.

Mudanças na alimentação também são feitas. Os répteis, que são animais ectotérmicos, ou seja, regulam a temperatura corpórea e o metabolismo de acordo com a temperatura do ambiente, passam a comer menos e, portanto, a alimentação passa a ser oferecida uma ou duas vezes por semana, no máximo, de preferência no período mais quente do dia.

É o caso dos jabutis (jabutipiranga e jabutitinga), tracajás, tartarugas da Amazônia, cágados, tigres d´água e tartarugas de orelha vermelha. O Jacaré, por exemplo, só recebe alimento, carne, se as condições climáticas estiverem adequadas, pois se o seu metabolismo estiver muito baixo, o alimento consumido não sofre digestão e pode deteriorar-se no estômago e levar o animal à morte.

A vegetação encontrada no interior e ao redor dos recintos é regada nos dias de baixa umidade relativa do ar. Assim como as pessoas, os animais também sofrem com a umidade do ar tão baixa. “Com todos estes cuidados o zoo consegue manter os animais aquecidos e evita o aparecimento de algumas doenças respiratórias comuns nos meses frios e secos do ano”, finaliza.

Fonte: G1