Sindicato dos bancários volta a protestar em Catanduva
quinta-feira, 14 de junho de 2012Sem avanço algum nas negociações com o Itaú Unibanco, todas as agências do país amanheceram ontem em protesto. Os bancários criticam que o Itaú tenha feito demissões contínuas sem a contratação de novos funcionários, sobrecarregando os demais funcionários com atividades extras e prejudicando o atendimento aos clientes.
Em Catanduva, os diretores do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região participaram de mais um Dia Nacional de Luta contra demissões na instituição, criticando a política de rotatividade e destacando que o banco está “pisando na bola” com seus empregados.
Satirizando a propaganda que diz “Vamos jogar bola”, os bancários efetuaram o retardamento da abertura da agência do Itaú Unibanco situada na Praça da República, distribuindo 300 bolas de futebol aos funcionários e clientes. A manifestação lúdica atraiu a curiosidade dos populares que passaram pela unidade.
A faixa com o slogan “Itaú – Feito para demitir”, colocada em outros protestos também foi fixada novamente em frente ao banco, onde também foram distribuídos informativos da Contraf-CUT que retratam as injustiças promovidas por gestores do Itaú em todo o país.
De acordo com o diretor do sindicato e funcionário do Itaú, Paulo Franco, a mobilização também combate a imposição de metas abusivas, o assédio moral, a terceirização e o descaso com a saúde do trabalhador. “A alta rotatividade do Itaú é injusta e extremamente nociva aos bancários que trabalham em um constante clima de insegurança”, afirma.
O protesto foi provisório, atrasando apenas a abertura das três agências de Catanduva; no decorrer o atendimento seguiu normal. Nas cidades maiores, como a capital São Paulo, as unidades ficaram fechadas.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, Sociais e Estatísticos – Dieese, o Itaú tinha 104.022 funcionários em março de 2011, diminuiu para 98.258 em dezembro e reduziu para 96.204 em março de 2012. Enquanto outros bancos geraram vagas de emprego.
Fonte: O Regional