Mulheres representam 46,6% no mercado de trabalho de Catanduva
quinta-feira, 8 de março de 2012Do universo economicamente ativo da cidade de Catanduva, 46,6% são representados pelas mulheres. O número local – que já chegou a ser bem inferior a isso – demonstra a nova realidade no mercado de trabalho. Cada vez mais elas tomam o espaço que antes eram dos homens.
Apesar de percentualmente a quantidade ser inferior em comparação aos homens, dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram crescimento das mulheres em ambientes que anteriormente era predominantemente masculino. Dos 54 mil trabalhadores de Catanduva, 25 mil são mulheres e outros 29 mil são homens.
O aumento de um espaço antes predominado pelos homens trouxe como conseqüência aumento no poder de compra das trabalhadoras. A média em Catanduva é superior a do salário mínimo, com R$ 1.045.
Atraída por esse crescimento, a ex-garçonete e hoje frentista Daniela de Oliveira Santos se viu forçada a transformar-se em chefe de família após uma separação. O salário que recebe trabalhando no posto de combustível é o suficiente para garantir o sustento de sua filha de 15 anos.
“Hoje em dia a mulher vai à luta e mostra principalmente garra e determinação para atingir os seus objetivos. Gostava de exercer o trabalho como garçonete, mas estou a um mês trabalhando como frentista e tenho gostado dessa função”, comentou.
Para Daniela, passar a trabalhar como frentista foi um desafio necessário. “Não me senti intimidada por ter de fazer parte de um universo até então dominado pelos homens. A mulher tem a mesma capacidade de conquistar esses espaços”, diz.
A trabalhadora disse não ter sofrido com preconceito quando iniciou na nova função. “Muito pelo contrário, os homens sempre me ajudaram muito. Prefiro trabalhar entre os homens que entre mulheres”, confidencia.
Vaidade
O atendimento junto aos clientes também é o diferencial. Desde a forma de abordar até ao sorriso e a maneira como cuida do carro fazem a diferença. “Isso tudo conta muito quando se realiza um atendimento comercial. O importante é sempre manter um sorriso no rosto”, explica.
Mesmo trabalhando em um posto, Daniela não deixa de lado sua vaidade. Todos os dias, diz fazer maquiagem e trabalha com os cabelos presos. “São pequenos detalhes que fazem a diferença. Jamais vou deixar de me cuidar, seja qual for a função ou a atividade que vou exercer”.
O trabalho de frentista ela não considera ‘pesado’. “Para trabalhar como frentista, é preciso ter muita atenção. Isso é o suficiente, independente do sexo de quem for executar o serviço”, assegura.
Fonte: O Regional