O levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que, em uma década, a mortalidade de paulistas com 60 anos ou mais caiu 9%. Foram 364 mortes para cada dez mil idosos no Estado de São Paulo em 2010, último dado disponível, contra 400 por 10 mil em 2000.

Neste mesmo período houve também redução da taxa de mortalidade do principal grupo de causas de óbito entre idosos: as doenças do aparelho circulatório. No ano 2000, essas enfermidades eram responsáveis por 40,5% do total de óbitos, contra 35% em 2010.

Em Catanduva, de acordo com as informações do IBGE local, houve a diminuição de 15,68% de mortes de pessoas idosas, com idade entre 60 a 69 anos; em 2000 o Censo registrou 153 óbitos e em 2010, este número caiu para 129. Já o número de óbitos na faixa etária acima de 70 anos, teve aumento de 14,17% no município. Em 2000 morreram 388 idosos, em 2010 o número se elevou para 443.

No Estado, em números absolutos, a população paulista acima de 60 anos aumentou 50% na última década. Conforme o Censo realizado pelo IBGE em 1991, o Estado contava com 2,4 milhões de idosos, o que representava 7,7% total da população. Já no Censo de 2010, a população idosa era de 4,7 milhões (11,6% da população total). O número absoluto de óbitos entre os idosos no Estado de São Paulo foi de 133 mil em 2000 e 173 mil em 2010.

A Secretaria explica que na contramão da redução, houve o crescimento de dois grupos de causas de óbito em maiores de 60 anos: as doenças do sistema nervoso, entre as quais se destaca o Mal de Alzheimer, e do aparelho geniturinário, grupo esse que traz a insuficiência renal como principal causa.

Em 2000, as doenças do sistema nervoso representaram 1,2% do total de mortes desta faixa etária e do aparelho geniturinário 2,1%. Já em 2010, as mortes provocadas por doenças do sistema nervoso representaram 3% do total e as do aparelho geniturinário representaram 3,6%.

Para Marília Louvison, coordenadora da área técnica de saúde da pessoa idosa da Secretaria, a queda da mortalidade de importantes grupos de doenças entre os idosos tem múltiplas causas, que incluem melhores condições sociais e mudanças no estilo de vida, como a prática de mais atividades físicas entre pessoas desta faixa etária, entre outros.

“Esses dados também apontam para a melhoria de acesso aos recursos de saúde obtidos pela população, tanto na preservação quanto no tratamento dessas doenças, desde a criação e o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde”, afirma Marília.

Fonte: O Regional