Centro Psicossocial será implantado em Catanduva
quarta-feira, 24 de outubro de 2012Em breve o município de Catanduva será o único na região a possuir um Centro de Atenção Psicossocial, que prestará atendimento clínico diariamente a dependentes químicos da cidade, sem a necessidade de internação.
Através de um diagnóstico situacional pautado em 2010, que apontou que 10% da população catanduvense fazem uso/abuso de múltiplas drogas, destacando principalmente a dependência do álcool como realidade gritante, a Secretaria Municipal de Saúde, com a criação da Coordenação de Saúde Mental, optou em aderir ao CAPS.
O CAPS-AD é um serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas em diferentes níveis de cuidado: intensivo (diariamente), semi-intensivo (de duas a três vezes por semana) e não intensivo (até três vezes por mês).
A sede do centro terapêutico será no prédio da antiga Ceagesp, na avenida Comendador Antonio Stocco, cuja reforma e adequação da estrutura física já encontram-se em fase de finalização. A previsão de término da obra, conforme pactuação contratual, é para o final de dezembro do corrente ano. Após finalização da obra, o prédio deverá ser equipado e mobiliado, para depois iniciar o serviço.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Catanduva, a estrutura física do centro será composta por área administrativa, consultórios, sala de enfermagem, sala para atividades/oficinas terapêuticas, sanitários e área verde. Em relação à equipe mínima, segundo as diretrizes da Portaria 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002, deverá ser composta por um médico psiquiatra, um enfermeiro com formação em saúde mental, um médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das intercorrências clínicas; quatro profissionais de nível superior de outras categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico, seis profissionais de nível médio: Técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão.
Este equipamento só atenderá munícipes de Catanduva e acolherá, mesmo sem agendamento prévio, dependentes e familiares.
O município possui várias casas terapêuticas que acolhem dependentes químicos em busca de tratamento. Com a inauguração do CAPS, a Prefeitura explica através da Assessoria de Comunicação que o lançamento da unidade será uma intervenção em complementação ao que já é realizado, bem como uma estratégia ambulatorial de tratamento, sob critérios que não configurem necessariamente a possibilidade de internação. “É a porta de entrada do paciente dependente de álcool e outras drogas no Sistema Único de Saúde (SUS). É importante salientar que apenas serão atendidos os pacientes que buscam ajuda, já que o tratamento é aberto, isto é, não há internação ou qualquer outro procedimento contra a vontade do paciente”.
Em relação aos recursos usados na obra, a atual administração informa que até o presente momento, apenas recursos próprios do município foram usados. “Após a conclusão da obra e início das atividades assistenciais, poderá ser solicitado recurso financeiro ao Governo Federal/Ministério da Saúde para fins de implantação (capacitação da equipe, materiais e equipamentos) e também de custeio. Todavia, haverá necessidade de complementação/contrapartida municipal”.
Serviços que o CAPS oferecerá
A assistência prestada ao paciente no CAPS AD II para pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas inclui as seguintes atividades:
a – atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros);
b – atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras);
c – atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio;
d – visitas e atendimentos domiciliares;
e – atendimento à família;
f – atividades comunitárias enfocando a integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social;
g – os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias.
h – atendimento de desintoxicação.
Fonte: O Regional