Catanduva: Grupo de Escoteiros completa 25 anos
segunda-feira, 10 de setembro de 2012Cerca de 30 integrantes, com idade entre 6 a 21 anos, fazem parte do 205º Grupo de Escoteiros da Cidade Feitiço fundado em 1987, com sua sede localizada na rua Caitité, nº 277, bairro Jardim dos Coqueiros I, Catanduva.
De acordo com o chefe escoteiro e diretor presidente, Fernando Azevedo Varoto, o escotismo foi fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, em 1907, e é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem fins lucrativos.
Com a proposta de desenvolver o jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na promessa e na Lei escoteira, através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazendo com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornando-o um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, o grupo de Catanduva completa o seu jubileu de prata, comemorando 25 anos.
Outros dois grupos de escoteiros realizaram atividades por cerca de três anos, na década de 90 em Catanduva, mas deixaram de existir, assim como há informações históricas que durante a revolução de 1932 havia um grupo de escoteiros na cidade. Na década de 70 também existiu um grupo no SESC.
Atualmente cerca de 30 integrantes se dividem como lobinhos, de 6 a 10 anos, escoteiros de 11 a 14 anos, sênior e guia, de 15 a 18 anos, pioneiros, de 18 a 21 anos e a partir dos 21 anos são adultos que podem ser escotistas, ou seja, que são os chefes, que atuam com os jovens, ou ainda, dirigentes institucionais, que administram o grupo escoteiro.
As atividades, segundo o diretor-presidente, se baseiam em cinco áreas, físico, afetivo, caráter, intelectual, espiritual e social.
“Procuramos passar o aprendizado através de atividades atraentes, variadas, desafiadoras e lúdicas. Também por meio do aprender fazendo, por um sistema de equipes, pela aceitação da Lei e Promessa escoteiras e pelo acompanhamento individual dos adultos”, explicou Varoto.
A divisão do grupo acontece através da idade e de cada ramo, por exemplo, existem as equipes denominadas matilha para os lobos e patrulha para os demais, cada equipe tem um líder, primo para os lobos e monitor para os demais, e este líder têm um auxiliar, denominado segundo para os lobos e submonitor para os demais.
A escolha do primo ou do monitor é feita através de uma votação dentro da matilha ou patrulha, e o eleito, escolhe seu auxiliar.
Nos adultos cada ramo tem um chefe de seção e chefe assistentes de seção.
Os escoteiros sempre estão engajados em atividades relacionadas ao meio ambiente e serviços sociais.
Em 12 anos de participação, Varoto lembra que já foram mais de dez mil árvores plantadas e vários serviços junto à comunidade.
Cursos
O aprimoramento é necessário e importante nos grupos de escoteiros, para os adultos existe um sistema de curso divididos em níveis, preliminar, básico e avançado, além de cursos técnicos de primeiros socorros, jogos e canções, nós e amarras, pioneiras, mística e tradições.
“Para os jovens, temos alguns cursos que acontecem como primeiros socorros e orientação, porém possuímos um sistema de distintivos, ou seja, as especialidades que são conquistados pelos participantes quando eles buscam um conhecimento maior sobre um tema, e de acordo com o nível 1, 2 ou 3, eles recebem um distintivo como um reconhecimento desse aprendizado”, disse o chefe escoteiro.
As especialidades são divididas em cinco áreas de conhecimento, serviço (administração, marcenaria, pintura e mecânica), cultura (artesanato, coleções e pintura em tela), ciência e tecnologia (química, eletrônica e internet), desportos (futebol, vela, artes marciais e escalada) e habilidades escoteiras (cozinheiro, acampador, pioneirias e grumete).
Viagens
O diretor presidente dos escoteiros afirmou que durante o ano, cerca de cinco acampamentos são realizados em Catanduva ou em outras cidades, quando existe o convite de outros grupos.
O acampamento é tratado como o ponto alto do escotismo, o jovem trabalha em pratica todos os ensinamentos que aprendeu durante as atividades.
Os participantes cozinham, fazem as montagens das barracas e pioneiras, ou seja, construções com bambu e sisal, como por exemplo, mesas, toldos, pontes e torres.
O bom andamento do acampamento depende do comprometimento dos elementos, cada um dentro de sua patrulha.
“Acredito que muito dos ensinamentos aprendidos dentro do movimento escoteiro, os jovens levam para a sua vida toda e seus familiares”, comenta.
Varoto lembra que uma das maiores emoções foi a participação no 4° Jamboree Nacional, realizado em Foz do Iguaçu, com a participação de cinco mil escoteiros.
“Foi maravilhoso estar aos pés da usina de Itaipú, com chuva muito forte sobre nós e todos muito emocionados. Após 10 dias de acampamento, cantando a canção da despedida”, relembrou.
Para fazer parte do grupo de escoteiros de Catanduva, basta começar a frequentar as atividades, realizadas aos sábados das 14hs30 às 17hs30.
Durante o primeiro mês o participante passa pelo período de experiência, onde é verificado se realmente a criança ou jovem quer fazer parte do grupo.
Posteriormente, é realizado o registro do participante na União dos Escoteiros do Brasil (UEB), entidade que organiza o escotismo no país.
Do terceiro mês em diante é cobrada um mensalidade de 15 reais para cobrir os gastos da sede e das atividades realizadas. Os eventos e acampamentos têm valores a parte das mensalidades.
“Quando o jovem se sentir preparado e tiver alguns conhecimentos básicos, ele faz sua Promessa Escoteira e começa a usar o uniforme escoteiro. Deixo o convite a todas as pessoas, independente de idade, sexo, credo, classe social a vir conhecer nossas atividades e quem sabe, gostem e se tornem escoteiros. Convido também, quem algum dia já foi escoteiro, mesmo por visita, pois uma vez escoteiro, sempre escoteiro”, finalizou.
Fernando Azevedo Varoto é mestre em educação física pela (UNIMEP), professor da UNIFAFBE, técnico de Atletismo N1 – IAAF/CBAt, monitor de atividades de aventura, parede de escalada, rapel, técnicas verticais e corrida de orientação, chefe escoteiro e diretor presidente – 205/SP, insígnia da madeira – ramo Escoteiro.
Fonte: O Regional